Edição do Olhares sobre Lilith no SESC Garanhuns

Confira algumas fotos da edição do Projeto Olhares sobre Lilith no SESC Garanhuns.

A abertura, no último dia 16 de Julho, contou com a presença de Cida Pedrosa (autora do livro As Filhas de Lilith), Marcelino Freire (escritor, autor do belo texto de abertura da videoinstalação), além de inúmeras diretoras do projeto. O evento foi um sucesso, lotando todas as seções, e com grande participação do público na mesa redonda. A videoinstalação continua aberta, até o dia 31 de agosto. Clique aqui para saber mais informações.

Agora, no próximo dia 20 de Agosto, o Projeto toma outro formato sendo exibido no encerramento do charmoso Festival de Cinema de Triunfo (saiba mais aqui).

FOTOS/GARANHUNS:


Fotos/registro: Sephora Silva

Olhares sobre Lilith circula por mais cidades

Depois da videoinstalação em Garanhuns estão previstas outras aparições do Projeto Olhares sobre Lilith em cidades do sertão pernambucano dentro da Mostra Literária, como Arcoverde, Pesqueira, Buíque. E no Recife, no SESC Casa Amarela, em outubro. Já em novembro a videoinstalação participa da Balada Literária de São Paulo.

O conteúdo do Projeto também toma outras formas de apresentação, com exibição prevista, no formato sequencial, para o dia da premiação do Festival de Cinema de Triunfo (PE), em agosto.

Fique atento, a primeira parada será em Garanhuns durante o FIG 2011. Abertura, já neste sábado, dia 16/07, às 15h, no SESC Garanhuns.

Mesa redonda completa tarde de abertura do Projeto

Escritor Marcelino Freire participa da Mesa Redonda

A multiplicidade de personagens femininas estará reunida no lançamento do Projeto Olhares sobre Lilith, no SESC Garanhuns, próximo dia 16, com uma mesa redonda sobre o diálogo entre poesia literária e audiovisual. A mesa contará com a presença do escritor Marcelino Freire (Prêmio Jabuti de Literatura, 2006), Cida Pedrosa (autora do livro “As Filhas de Lilith”) e diretoras do Projeto. Início às 16h, logo após a abertura da videoinstalação no mesmo local. Acesso Gratuito.

Preparem os corações, elas estão chegando…

(texto atualizado 08/07/2011)

O universo feminino sai do imaginário para as telas. As idealizadoras e curadoras do projeto Olhares sobre Lilith: Edição Imagética do livro As Filhas de Lilith, Tuca Siqueira e Alice Gouveia, convidaram há alguns meses outras 23 realizadoras. Juntas, as 25 cineastas tornaram os poemas do abecedário de Cida Pedrosa 26 curtas que estarão reunidas numa inusitada vídeoinstalação montada no SESC Garanhuns. Com abertura prevista para o próximo dia 16 de Julho, às 15 horas, a videoinstalação ficará em cartaz durante o Festival de Inverno de Garanhuns, permanecendo aberta ao público até o dia 31 de Agosto.

Audiovisual, Literatura e Artes Plásticas, Olhares sob Lilith envolve o maior número de realizadoras do audiovisual pernambucano já visto. O projeto conta com o incentivo do Funcultura (Fundarpe/Governo de Pernambuco) e o apoio cultural do SESC-PE. Para a produção dos 26 curtas – com duração média de quatro minutos cada – o time de diretoras do Projeto, algumas cineastas experientes outras jovens realizadoras, contaram com diversos profissionais em suas equipes, dinamizando bastante o mercado cinematográfico pernambucano.

As filmagens iniciadas em abril deste ano envolveram uma média de vinte pessoas, para cada produção. Basta multiplicar por 26 sets. De Angélica a Zenaide. Passando por Berenice, Cecília, Diana, Elisa, Fátima, Grace, Hilda, Ívis, Juanita, Khady (que ilustra a tradição de meninas com clitóris cortados), Luiza, Melissa, Nely, Ofélia, Patrícia, Quilma, Rosana, Sihem, Tereza, Úrsula, Wilma, Verônica, Yara, Xênia. Todas personagens do livro de Cida Pedrosa.

Abertura: 16 de Julho (Sábado), 15hs, SESC Garanhuns.
*Acesso gratuito, com restrição de idade (não será permitida a entrada de menores de 18 anos). Parte dos filmes – assim como alguns poemas – são de conteúdo adulto.

Olhares sobre Lilith estará no FIG 2011 e na Balada Literária em SP

Durante entrevista à apresentadora Lina Fernandes, do horário da tarde da Rádio Folha (96,7 FM), Tuca Siqueira – uma das autoras do projeto Olhares sobre Lilith – Edição imagética do livro As filhas de Lilith (de Cida Pedrosa, Ed. Calibán, 2009) – anunciou o apoio do SESC Pernambuco para que a videoinstalação composta por 26 filmes faça sua estreia durante o Festival de Inverno de Garanhuns.

Depois o projeto seguirá por outras regiões do Estado. Já confirmada presença em Arcoverde. Em Outubro, os filmes chegam à capital, na unidade de Casa Amarela. Em novembro fará parte da programação da balada Literária paulista.

Rádio Folha – Espaço Mulher

Aparelhos sintonizados na Rádio Folha, programa da tarde, às 15h30. Pelo celular, computador, iphone ou mesmo no velho e bom rádio de pilhas vamos poder acompanhar entrevista com uma das autoras do projeto “Olhares sobre Lilith – Edição imagética do livro As filhas de Lilith”, de Cida Pedrosa e duas das 23 diretoras. Tuca Siqueira e Sandra Ribeiro (e Déborah Mendes) representando todas as Liliths na linha de frente dessa ousada, inesquecível e histórica empreitada do audiovisual Pernambucano. Rádio Folha – FM 96,7.

DP hoje: Lilith é adotada por cineastas

18/04/2011 | Viver | Diario de Pernambuco | Por André Dib

23 mulheres assinam vídeos em vários formatos, a partir das 26 personagens da escritora Cida Pedrosa.

Há dois anos, quando lançou As filhas de Lilith, a escritora Cida Pedrosa não esperava que suas peraltices poéticas poderiam ser recriadas no cinema. Pois em breve, suas 26 insubmissas mulheres que passeiam pelo alfabeto se libertarão sem culpa do papel para ganhar forma visual na mostra Olhares sobre Lilith. De A a Z, 23 cineastas assinam os vídeos, realizados em diferentes formatos, da ficção ao documentário, da animação à foto stop-motion.

Mas há tantas mulheres assim fazendo cinema em Pernambuco? A pergunta, dizem as coordenadoras artísticas do projeto, Alice Gouveia e Tuca Siqueira, é recorrente. Sim, há mais mulheres filmando no estado do que letras no alfabeto. Oito delas, diz Tuca, lamentavelmente ficaram de fora por imposições de agenda, entre elas, Renata Pinheiro, Isabela Cribari, Adelina Pontual, Germana Pereira e Taciana Oliveira.

Segundo Alice, não há amarras estéticas ou conceituais impostas às diretoras. “O que há é a tentativa de construção de um olhar feminino no cinema pernambucano, um cinema que é mais conhecido por ser feito por homens”. Em exercício de desprendimento, Cida disse que liberou as meninas para fazerem o que quiserem com suas personagens: “se colocar limite, a criatividade vai pro brejo”. Tuca revela que, mesmo assim, Cida é procurada o tempo todo pelas diretoras e tem sido parceira para buscar novos apoios e parcerias para o projeto, que por enquanto conta com recursos do edital do Funcultura.

A mais recente é a do escritor Marcelino Freire, que vai assinar um dos textos da exposição, marcada para agosto. Em novembro,o projeto vai a São Paulo, onde participa da Balada Literária. “Adorei o convite, me senti instigado em ser o único homem, me senti acolhido num grande ventre. Sempre gostei do livro, que é muito bonito, tem sexualidade e erotismo. Então imagine várias mulheres fazendo isso no cinema. Estou curioso pra ver o resultado.” Cada vídeo terá de um a dois minutos de duração, e serão vistos em múltiplas telas com fones de ouvido. Mas Alice pensa também numa edição posterior, que podegerar um longa-metragem. O formato final do projeto, no entanto, será o de DVD, que servirá de catálogo. Isso permite que ele seja exibido em salas de aula e associações,diz Tuca. E percorrer cidades do estado, completa Cida.

De forma independente, cada diretora está livre para inscrever seus trabalhos em mostras e festivais. Mariana Porto, por exemplo, planeja fazer um corte de 15 minutos para Zenaide, segundo ela, um documentário que “constrói uma mulher fictícia, que étodas e nenhuma”. No poema, Zenaide se casa aos 20 anos, como quem compra uma bicicleta, em 1964. Mariana entrevistou então sete mulheres que tinham essa idade naquela época. “Procurei conectar o casamento e sexualidade, o corpo feminino e suas relações com o poder e a ditadura. Minha hipótese é a de que a subjetividadeda mulher tem sido definida a partir do olhar do homem e isso é algo que aflige as mulheres de todas as épocas.”

Confira trecho do poema publicado no livro As filhas de Lilith, de Cida Pedrosa:

Hilda

gosta de fazer sexo de manhã
antes de encarar a ordem do dia
e o ônibus Rio Doce-Piedade

entre um ofício e outro
faz a pesquisa na internet
e lê aquele e-mailzinho sacana
sobre os efeitos milagrosos dos florais

(a dor não precisa mais dos jornais
e o filme francês é lento para este tempo de baladas
o ascensorista tava com cara de pagode e pouco sexo
e a secretária do diretor se pôs de luvas para o dia)

Hilda gosta de fazer sexo de manhã
e de dar bom dia ao chefe
com seu homem liquefeito na calcinha